Miragem no caminho
Perdeu-se em nada,
caminhou sozinho,
a perseguir um grande sonho louco.
(E a felicidade
era aquele pouco
que desprezou ao longo do caminho.)
Perdeu-se em nada,
caminhou sozinho,
a perseguir um grande sonho louco.
(E a felicidade
era aquele pouco
que desprezou ao longo do caminho.)
(Helena Kolody)
Miau (Jo Ana)
e essa tal felicidade
felina
minguante
boceja, espreguiça
sai de saia
sambando
semeando
semiando
sem fim
e cheia de preguiça.
Hoje (Caro Liz)
felicidade é
consertar o interruptor
e acender a luz do quarto.
onde? (Olivia Lucce)
um resquício de caminho
de um caminho devagar
que não sabe aonde vai chegar
infinito. sei que o habito.
e ele habita em mim.
me define. me personaliza.
o caminho sou eu.
ou um resquício do eu.
é dor branca. é paz amarela. é amor roxo.
dor-paz-amor. caminho doeu,
Caminho e palavra dá confusão. Versos que tentam rimar. Tentativa de soneto que carece de dois versos. Adverso, confesso. Confuso e obtuso. Que caminho é esse? Que presente é esse? Qual é o futuro? O caminho é também o passado? Para onde olhar?
para nada. Paraná. Nonada.
Helena. Lerelena.
A Helena sou eu.
(Denise Vieira)
dilacerado
tentou olhar para frenteenxergou o atrássentiu a dortamanhase perguntou...teve pena de si mesmo.o que fazer?apenascrer
Miragem ou caminho? (Àdnama)
Quando te afastas,
me vejo ao amanhecer
como luz difusa na parede.
Sou miragem ou sou caminho?
Quando te afastas,
ao fundo toca um bolero.
( … ?)
Quando te afastas,de todas as possibilidadesescolho … ser.
felicidade? (Anali Mattar)
composição toda trabalhada no detalhe
areia branca,
cigarra e milhões de água.
(Denise Vieira)
Réplica ou peça épica?
Desejo que inda desejo!
Sais labirinto a fora
e tens hora.
Olha!
Vida dirigida.
Assim te sei
há horas!
O que quero?
O agora!
(Turquesa)
como pedra fui convidada à roda
e atendi ao chamado do reino mineral.
semipreciosa me alimento e, sem polimento,
como pedra fui, com vida, ávida, à cada palavra,
ficar no não sei.
[dentro dele mora um anjo]
e sou eu, pedra.
de onde chama? da roda.
de onde chamo? da chama.
[tem um bosque que se chama]
eu também entoo essa velha canção,
rock de roda.
sempre que rola eu me lembro
e gosto de não saber, agora.
eu me lembro e ninguém tira.
eu me lembro quem atira
a primeira pedra
e sou eu.
sou essa memória pétrea,
o que rola a tudo que me liga
da pedra às pedras.
sou eu esse sexo, esse seixo, essa rocha, essa cria.
essa vontade de roda.
[que roubou meu coração]
e sou eu, pedra.
felicidade, minhas pedras queridas?
desde sempre é o que sou eu e não sei
quando sou o que somos.
e sou eu, pedra.
[se essa rua se essa rua fosse minha eu mandava eu mandava ladrilhar]
Um comentário:
"Eu vou comer no "sopas dos Pobres" tudos os dias! Portugal e um pais pobre... ignorancia faz parte da minha cultura portuguesa!
PORTUGAL e uma merda e verdade e verdade! Nao trabalhos pa os Velhos e os Jovems...e verdade e verdade! E racismo puro e muito desgraciado!"
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